Timothy Sawyer Shepard lança o novo álbum experimental "Long Ago Forgotten"

 




Por: Victor Matheus 

Timothy Sawyer Shepard lança o novo álbum "Long Ago Forgotten" com 11 faixas.

O trabalho é o primeiro álbum da carreira do artista. Antes ele lançou o single "Flow" nesse ano.

O músico é genial em sua obra, onde ele quer fazer o alinhamento entre música e imaginação visual, talvez incita a memória pessoal dos ouvintes, talvez incita novas criações visuais na mente, ele acredita na consciência e música, atores que caminham juntos. A obra é uma arte musical e visual que o ouvinte cria com a própria imaginação, isso é fantástico. 

A primeira faixa "Flow" tem uma pegada de filme que tem músicas mais antigas, um casal dos anos 60 ou 70 dançando em uma noite de baile de formatura. O engraçado é que os anos passam na mente e nos leva aos anos 80 também, entrando os riffs de guitarra e batidas mais agitadas. Tem uma melodia gostosa, leve, um som que flutua na mente do ouvinte.

A quarta faixa "A Step Away From Them" tem toques de piano, remete ao clássico com um ambiente que leva ouvinte a uma casa grande, com um piano perto das escadas, e quando você entra na casa tem alguém tocando essa canção. Depois da metade tem um clima de trilha sonora de terror, suspense e mistério, tempos antigos, é incrível uma viagem por meio dessa canção.

 "As The Day Goes By" é a quarta faixa, um rock alternativo bem agitado, batidas mais fortes e rápidas, um vocal que fica fazendo coro "Ohhh" e pessoas parecem se comunicar. Parece como se o dia passasse em uma correria e uma automação que as pessoas não percebem. 

A oitava faixa "Diminué Non Fini" é bem suave, com toques leves de piano, pausados entre si. Traz leveza, tranquilidade, o ouvinte vai imaginar um cenário em um ambiente lindo, isolado de barulho, algo sublime.

A décima faixa "Belle Skinner" é um som bem versátil, como se fossem cordas bem agudas de um instrumento tipo violão e o piano fazendo um mistério sobre como vai desenrolar a canção. Com órgão, tem diferentes ambientes que vai fazer o ouvinte viajar pelo tempo da memória, com sons de objetos ao fundo da canção.

A última faixa "Mobile Train Stop" tem batidas sem uma frequência estabelecida, é bem aleatório o ritmo, faz ondas na mente, o som vai surgindo e crescendo aos poucos. É como se a memória estivesse como um trem sem parar na mente e aos poucos a canção vai surgindo e ficando mais encorpada assim como a memória e imaginação surgem.

A ideia de Timothy Sawyer Shepard é incrível, algo pouco visto atualmente. Ele faz a imaginação ficar fértil para ter um ambiente propício para flutuar e viajar por meio da música. 

Ouça aqui:

https://open.spotify.com/album/3I8ECdpJOJhfyekWyMC4WZ?si=G4J7tjJeRLKEGe9KXwknVg

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