Por: Victor Matheus
The Flashpot Moments lança novo álbum "Very Far" com 10 faixas.
É o quarto álbum da banda em 5 anos desde o lançamento do primeiro intitulado "The Flashpot Moments". O último lançado foi "Describing The Ruckus", lançado em 2020.
A banda tem um estilo de rock alternativo e também aquela sensação de hino do rock, faixas que são enérgicas, com variações e diversidade sonora e um vocal potente, com forte presença. Difícil não ser bom, já que as influências da banda passam por Kiss, Pearl Jam, Green Day, U2, Bruce Springsteen, The Killers, diferentes bandas, diferentes épocas, isso é essencial para o trabalho e você vai entender tudo isso e a importância dessas influências para o grupo. O novo trabalho está fantástico!
A primeira faixa "Jealous" traz um rock forte, mais sombrio. Inicia com batidas sólidas, um arranjo ecoante e o vocalista já dando um show. Indo rumo ao refrão, a guitarra aparece mais no pré refrão e depois no refrão, fazendo um acorde forte e pausado entre eles. As variações aqui são incríveis, o álbum começa com tudo!
A segunda faixa "Itch" traz um hino do rock, flutuando no clássico do rock no refrão e o punk no coro, algo que lembra Green Day. O instrumental é muito bom, no coro tem uma quebra de ritmo, onde a canção fica mais aberta, se repete no refrão, ocasionado pelas rápidas batidas, guitarra e uma melodia que fica gostosa aos ouvidos. A canção em alguns trechos fica mais crescente, logo depois volta ao refrão mais alucinante e rápido. Mostra que o álbum é bem criativo nos sons e na forma que foram feitos. Esse faixa com certeza agita qualquer show e enlouquece a galera.
"Don't Know It Yet", a quinta faixa, inicia com piano, de forma surpreendente, o estilo rock and roll clássico é substituído e entra algo mais profundo no começo. Essa surpresa agradável nos deixa com ar de mistério sobre como desenrola essa faixa. As teclas são crescentes, a música sobe de atmosfera, entra batidas discretas, destaque, muito grande, para o vocal incrível que nos traz boas memórias do rock romântico dos anos 80 e 90.
A sétima faixa "Beautiful, Unkillable" já tem um início avassalador com o instrumental, diferente das outras faixas, assume depois um estilo acústico com batidas discretas e toques de violões. A faixa é brilhante, rock clássico com algo mais atual, mais intimista e a mesclagem de um refrão forte com baixo e guitarra. O vocal nos conquista. Mostra o quanto a banda tem de criatividade e nos surpreende na primeira vez que ouve o álbum, sempre diferenciando os sons e trabalhando em músicas que são fortes, que facilmente seria um single de anúncio do álbum. Essa sétima faixa é muito especial pela construção, pela quebra de ritmo no final e cantando o refrão ao som da bateria baixa. Simplesmente encantadora!
"The Crowd That Was" é a última, décima faixa, inicia com uma arranjo de violino mais misterioso e toques de teclados. Logo entra o vocalista e em conjunto com um vocal feminino, entra batidas mais sólidas. O vocal a capela continua ao som de violino, lindos. A canção tem um clima de final de álbum que nos dá aquele gostinho de quero mais. Entra novamente as batidas, guitarra, vocal feminino lidera aqui. A música ruma ao refrão, com forte presença de violino, a canção tem agora a guitarra, fazendo acordes que vibram a faixa, em um refrão heroico, nasce um novo hino do rock.
O novo álbum "Very Far" está como um dos melhores lançamentos do ano. Em anos, não ouvíamos uma banda assim, forte, com todos integrantes e instrumentos com mesma importância, alto coletivismo e cooperativismo do grupo, fazendo sons diversificados e canções que são memoráveis. Um rock and roll que viaja em épocas sempre com um pé na época que a música nos leva e o outro pé na era moderna da música.
Ouça aqui o novo álbum:
https://open.spotify.com/album/48lJvP7AYZypiS92q7tD5a?si=oqo1op_hT8ekXo6oBHyWCg
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