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Recentemente, a banda Post-Modern Connection, ou PMC, lançou seu mais novo single "Drowning".
A nova música, assim como os outro trabalhos da banda, mistura perfeitamente e de forma única diferentes estilos, trazendo sempre uma sonoridade nova a cada lançamento.
Para saber um pouco mais sobre "Drowning" e conhecer melhor a banda, conversamos com o vocalista e guitarrista Tega Ovie. Confira a entrevista a baixo:
Poderiam nos contar vocês se conheceram??
Então, a banda passou por alguns membros (risos) mas os fundadores foram Georges, Tega e Steven. Todos nós nos conhecemos na UBCO (Universidade da Colúmbia Britânica).
Eu (Tega) conheci Georges em uma festa em que estávamos. Depois disso nós participamos de vários open mics como um dueto. Até que, no final de 2016, Georges e eu concordamos em juntar mais pessoas e formar uma banda. Então, no mesmo ano, começamos a procurar por um baixista, pedimos ajuda aos nossos amigos e foi assim que conhecemos Steven. Conhecemos Mitch através da cena local, ele nos viu tocar e quis entrar para a banda e nós também estávamos procurando alguém para ficar no teclado e sintetizador. Então, depois de algumas apresentações incluindo nosso show com o Wintersleep no final de 2019, Mitch entrou para a banda. Cam é o nosso membro mais recente, que veio através do Mitch. Ambos eram de uma banda de sucesso chamada Wild Son, então Mitch recrutou ele. Cam assumiu a bateria, depois que nosso ex-baterista nos deixou para focar em sua outra banda (risos).
Nós gostamos muito do nome Post-Modern Connection. De onde vocês tiraram a ideia para o nome da banda?
O nome Post-Moder Connection vem da ideia do pós-modernismo. Rejeitando a velha escola do pensamento e questionando os métodos anteriores. Para nós esse questionamento está nos rótulos. Quando nos formamos, não tínhamos adotado um gênero musical pelo qual fossemos imensamente inspirados, nós gostamos de um montão de coisas. Mas quando você discute com o pessoal da indústria (da música), eles querem por você em uma caixinha de peculiaridades estranhas como "Rock Clássico com influências Modernas". Odiamos essa ideia. Não queríamos nos prender e deixar de fazer as coisas pelas quais somos inspirados. Então, após várias sugestões de nome, apareceu Post-Modern Connection. Estar conectado com a ideia do pós-modernismo. É mais uma ideologia do que um nome.
Como vocês decidiram se tornar músicos? É um sonho de infância ou foi algo que decidiram em algum momento de suas vidas? Como aconteceu?
Acho que para alguns de nós era um sonho de infância (risos). Para o Georges, por exemplo, ele sempre teve paixão por tocar e trabalhar com música. Ele inclusive estudou música por anos. Mitch e Cam, ambos tanto estudaram como também deram aula de música. Para mim (Tega), sempre cresci envolto pela música, em casa , na escola ou na igreja. Música é uma grande parte da minha cultura. E eu sempre amei cantar, embora tenha parado por um bom tempo, depois que um professor do primário me falou que eu era péssimo (risos). Mas, quando entrei na universidade, em 2015, comecei a levar mais a sério, nesse tempo eu passei por 2 corais e descobri que estar na universidade era o melhor momento para começa uma carreira musical, enquanto as coisas eram relativamente simples. Conheci Georges, que naquela época já havia passado por duas bandas que já haviam lançado músicas , então uma coisa levou a outra e dois anos mais tarde PMC estava formada.
Como é o seu processo criativo? Vocês sentam juntos e dizem: "Ok, vamos fazer música!" Ou é algo que simplesmente acontece?
Bem, na maior parte George e Tega (eu) escrevem as músicas. Então, isso varia. Algumas vezes o George faz toda a música manda para o Tega acrescentar letra e um pouco de sintetizador. Ou Tega aparece com parte da música e manda para o Georges acrescentar solos, sintetizador e bateria. Ou Tega e o Georges se encontram e trabalham em uma ideia que tiveram. Acontece de todas as formas. E as ideias se conectam uma vez que a banda toda fica envolvida.
Recentemente vocês lançaram "Drowning". E, embora essa música tenha sido feita antes da pandemia, o single se encaixou perfeitamente ao momento que estamos vivendo. Como vocês se sentem sobre esse lançamento e o que ele representa na carreira de vocês??
"Drowning" é uma música interessante (risos)! Nós achamos que ela representa várias das nossas sonoridades muito bem. Georges colocou riffs bem legais de indie-pop. Tega fez o ritimo principal, os acordes e breakdowns, então tem bastante influência de soul e doo-woop, porque é o que ele estava ouvindo naquele momento. Mitch adicionou um violino clássico muito legal o que dá um pouco de elegância à música. Cam toca a bateria perfeitamente com uma pegada de jazz. E Steve mantem a sensação do doo-woop. Nós sentimos que essa música mostra aos nossos fãs que não devem esperar de nós uma sonoridade específica (risos), porque ela é muito diferente do nosso lançamento anterior, "Little Things", e nossas novas músicas também vão ser todas diferentes, então não fiquem acomodados.
Neste momento, muitos países estão seguindo diferentes níveis de distanciamento social em uma tentativa de controlar a pandemia de Covid-19. Mas, com as pessoas ficando tanto tempo dentro de suas casas, alguns problemas sociais foram se tornando mais visíveis, como violência doméstica e o racismo, que, desde a morte de George Floyd, tem sido o tópico de maior visibilidade. Como vocês acham que essa comoção irá afetar a arte? E isso tem afetado a música de vocês?
Pessoalmente, nos não vemos como uma "comoção" , isso dá uma ideia de distração. Nós achamos que é uma reavaliação que esperamos levar ao reconhecimento e cura dos pecados antigos e atuais das Américas. Quando coisas como a Covid e problemas sociais vêm a tona, sempre surge boa arte! Então estamos animados para ver o que deve vir de todo esse tempo disponível que as pessoas têm tido e dessas emoções cruas que todos estão sentindo. Nós estamos no processo de criar novas músicas então tenho certeza que as emoções disso tudo serão transferidas para elas também. Nós não escrevemos comentários sociais; escrevemos sobre como nos sentimos no momento. Logo, as circunstâncias sociais atuais vão afetar nossa música.
Agora, falando sobre um tema mais leve. O que vocês acham sobre o Brasil??
Nós achamos o Brasil incrível!! Georges e Tega são ambos de países em desenvolvimento, cheios de cultura, arte e música, então os dois tem uma relação com essa experiência, de certa forma. Mas, além disso, há muita coisa para aprender e experimentar. O Brasil tem tido festivais muito loucos que adoraríamos assistir e participar e é sempre legal estar em outro país (risos), especialmente pela música. E nós temos alguns amigos daí, então será uma viagem divertida quando finalmente formos (risos).
Tem algum lugar que vocês gostariam de visitar aqui??
São Paulo! Temos amigos lá, então é um dos mais importantes da nossa lista!
Vocês tem planos de vir ao Brasil em breve?
Nós adoraríamos! Precisamos esperar até que a Covid tenha acabado ou esteja quase acabando. Sabemos que, infelizmente, o Brasil tem tido tempos difíceis com isso no momento.
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