O Indieoclock bateu um papo interessante com a banda britânica Enter Shikari sobre seu novo cd, expectativa para o mesmo, colaboração dos sonhos e até a visão do cenário atual no mundo do rock! Confira:
1. Primeiramente, qual é sua expectativa para o novo álbum [Nothing Is True & Everything Is Possible/Nada É Verdade & Tudo É Possível]? E qual é a história por trás do nome?
R: Agora eu sei o que esperar em reação à nossa música. Nossa música certamente não é para todos. É muito eclética e detalhada e é preciso ter uma mente apurada para entender. Estou confortável com esse fato agora. Eu preferiria significar o mundo para apenas algumas pessoas do que ser palatável (mas amplamente desinteressante) para todos. O título é um reflexo dos últimos anos de vida política neste planeta. É tão difícil compreender a verdade agora com todos os preconceitos e segundas intenções e tribalismo. E coisas aconteceram que nunca pensamos ser possível - da presidência de Trump, ao Brexit, à ascensão do nacionalismo em todo o mundo e agora a pandemia. O álbum é sobre possibilidade e a ansiedade que todos sentimos sobre o futuro.
2. Qual é a principal diferença em termos de som do seu último álbum, The Spark (2017), para o novo?
R: The Spark foi nosso álbum pós-punk. Concentrou-se na escassez, sutileza e melodia. Foi uma exploração da vulnerabilidade humana. Este novo álbum é muito mais ambicioso e abrangente no seu som. Ele tem um escopo mais amplo e usa instrumentação mais variada do que jamais alcançamos.
3. Sobre sua composição: o que mudou e o que não mudou desde o seu primeiro álbum?
R: Eu ainda escrevo músicas da mesma maneira, pois não tenho uma maneira definida de fazer músicas! Gosto de escrever na minha cabeça, escrevendo em diferentes instrumentos, em diferentes velocidades, sobre coisas diferentes. A variedade é uma das coisas que tornaram nossa carreira tão gratificante e agradável.
4. Se você pudesse dizer algo ao seu antigo eu sobre o futuro da banda, qual seria?
R: Tenha fé, pare de se preocupar, continue sendo ousado. Sua honestidade e seu compromisso com a variedade é o que definirá sua banda, então deixe de lado seu medo por eles.
5. Qual é a melhor parte de escrever e gravar um álbum?
R: Ser capaz de acordar com uma ideia e usar o dia para desenvolvê-la, para realizá-la. Sou muito grato por isso. Fico mais feliz ao escrever músicas. Estar no estado de fluxo enquanto cria é realmente como uma droga. Tanto que é realmente doloroso quando uma música não está se desenvolvendo corretamente. Mas sim, naqueles momentos em que está progredindo bem, é emocionante.
6. Como você vê a cena do rock agora?
R: Eu tenho duas maneiras de responder a essa pergunta. Em primeiro lugar, eu poderia dizer que a cena do rock é ótima, muitas bandas estão criando músicas interessantes e agradáveis. Mas essa resposta só funciona se você aprecia o rock em um sentido mais amplo - simplesmente bandas que usam guitarras. Há muita inovação e muita paixão. Algumas delas não parecem rock tradicional, mas nem deveriam.
7. Alguma colaboração dos seus sonhos?
R: IgorStravinsky.
8. Se você tivesse que escolher uma música e uma letra da sua discografia, qual seria e por quê?
R: O último verso em Constellations, porque parece nossa declaração de missão apaixonada.
We need to use our own two feet to walk these tracks,
And we have to squad up and we have to watch each other’s backs,
With forgiveness as our torch and imagination our sword
Well untie the ropes of hate and slash open the minds of the bored
And we'll start a world so equal and free
Every inch of this earth is yours all the land and all the sea
Imagine no restrictions but the climate and the weather
Then we can explore space together, Forever.
Enter Shikari é uma banda britânica em atividade desde 2003. Com um estilo único, eles navegam pelo post-hardcore, rock alternativo e adicionando elementos de vários gêneros eletrônicos, criam um som invejável e, definitivamente, único.
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