Muse faz espetáculo e garante posto de um dos melhores shows do ano

Por: Tatiane Teixeira

Créditos: Erick Oliveira

O Muse se apresentou no Ginásio do Ibirapuera, para um local lotado, empolgado e cheio de energia.

Depois de sua performance no Rio, Muse veio até São Paulo garantir a felicidade dos fãs paulistas, o show que foi mudado de local no decorrer do processo, perdeu um pouco de espaço, porém a banda mostrou que isso não foi problema nenhum.

Em um palco perfeita mente montado com uma passarela que levava o trio para perto do público, de forma intimista o Muse mostrou que os anos de carreira só fazem bem para a banda e que mesmo já tendo alta qualidade antes, estão em seu melhor momento.

Isso porque a banda vem fazendo a turnê de Simulation Theory, um projeto minimamente pensado, com detalhes que garante um espetáculo para quem assiste. Em meio há tecnologia de ponta, luzes, som perfeitamente alinhado, dançarinos, coreografias, interações e multi-instrumentos o Muse surge em seu auge como um setlist que caí inteiramente no gosto dos fãs, trazendo todas as fases do trio.


A performance se inicia com os dançarinos vestidos futuristicamente, engajando o público no conceito do trabalho atual da banda, e então em maio as pessoas surge Bellamy (vocal ) no meio da passarela de baixo do palco cantando, com seu óculos de led e todo cheio de estilo, Algotihm, um ótima maneira de iniciar a performance de quase 2 horas com 24 canções.

Na sequência ele canta Pressure, e não leva muito tempo para eles mostrarem que são impecáveis e impressionantes músicos, a técnica de todos os membros da banda é admirável. Sem deixar os ânimo cair,ocm uma platéia incandescida eles iniciam Psycho, com mais de 6 mil pessoas fazendo coro de backing vocal.

Break It To Me vem na sequência e depois Uprising cantada a plenos pulmões pelo público, a energia e emoção depositada em cada fã era tão grande que o coro de vozes ecoava no ginásio, deixando a banda encantada com o público. Matt interagiu com os brasileiros contando sobre as canções entre algumas delas, mas o assunto da noite era mesmo música e todo conceito por trás de toda a turnê de Simulation Theory.

Propaganda e Plug in Baby vieram na sequência deixando os fãs sem voz e suados de tanto pular com o hit bem Old do grupo. Pray e The Dark Side foram tocadas, e queremso ressaltar que os fãs do grupo estavam tão afiados que tinham na ponta da línguas até mesmo as canções mais novas do trio.

Entre canções perfeitamente executadas, mostrando que o Muse, efeitos especial e interações visuais foram embaladas o hino Supermassive Black Hole, a mais recente Thought Contagion, Intelude e Hysteria, a última que é um dos hits mais ouvidos do grupo, foi uma oportunidade de destaque para o super talentoso Christopher Wolstenholme, baixista do grupo.

Com muitos riffs de guitarra Showbiz e The 2nd Law: Unsustainable foram performadas e então um dos momentos mais lindos da noite, se bem que o show todo foi emocionante, a banda surge no centro do palco com instrumentos diferenciados para tocar Dig Down, a platéia acende as luzes do celular e o grupo canta uma versão gospel da música em coro com os fãs e no meio, agora não só das suas luzes, mas também das luzes projetadas com o carinho dos fãs.

Então, mandam uma chuva de hits, um verdadeiro climax, despertando um sentimento explosivo que foi difícil de segurar a emoção. Foram Madness, Mercy (cantada com enorme emoção pelo vocalista embrulhado na bandeira do Brasil enquanto papel picado e fitas caiam sobre o público). Depois veio Time Is Running Out e Prelude. Pausa para respirar um pouco.

Depois de sair do palco para trocar de rouba Bellamy voltou com uma roupa com luzes que brilhava como estrelas no céu, assim foi a performance de Stralight que mostrou toda a simpatia e entrega da banda para sua platéia, Matt não aguentou, desceu do palco, como no lollapalooza 2014 no Brasil, e foi dar as mãos aos seus fãs.
Com todos extremamente empolgados as luzes apagaram e abriram espaço para um outro momento do show, uma fase mais instrumental e focada na técnica. Não dava para acreditar que apenas 3 pessoas fazem todo aquele barulho, uma música perfeita, bem conduzida e um grupo em perfeita harmonia.

Mais efeitos e então surge Murph, o mascote gigante do show do Muse, nenhum espaço era pequeno para que eles trouxesse o palco todo, todos os recursos,mesmo depois do cancelamento do show no Allianz para um local menor, no espetacular Ginásio do Ibirapuera, o trio foi decidido e manteve a mesma estrutura, por mais difícil que ela fosse de ser trazida ao espaço.

Com um show impecável, cheio de emoção, carisma, recursos, interatividade e setlist perfeito, o Muse entregou a São Paulo um dos melhores shows desse ano, não foi apenas um show, foi um espetáculo, ainda quem não gostasse da banda e estivesse lá iria ter admirado a performance, sem dúvidas a banda vive seu melhor momento, cheia de evolução e mostrando que são diferentes das bandas comuns e capazes de agradar todo mundo.

Setlist completa:

1-Algorithm(Alternate Reality Version; Shortened)
2-Pressure[Drill Sergeant]
3-Psycho
4-Break It to Me
5-Uprising(Extended intro and outro)
6-Propaganda
7-Plug In Baby(Extended intro and outro)
8-Pray (High Valyrian)(Matthew Bellamy song)
9-The Dark Side
10-Supermassive Black Hole
11-Thought Contagion
12-Interlude
13-Hysteria
14-Showbiz(with 'Ashamed' riff outro)
15-The 2nd Law: Unsustainable
16-Dig Down(Acoustic Gospel Version)
17-Madness
18-Mercy
19-Time Is Running Out
20-Prelude
21-Starlight
22-Algorithm
23-Stockholm Syndrome / Assassin / Reapers / The Handler / New Born
24-Knights Of Cydonia

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