Assim como a islandesa Björk revolucionou o mundo musical após sua saída da banda de rock e pós-punk The Sugarcubes, nos anos 80, a cantora nova-iorquina Caroline Polachek nos mostra porque é uma artista inovadora que vai muito além do pop convencional. Com uma voz que flutua ameaçadoramente sobre uma estranha faixa de piano no LP de 2018 de felicita, ela transita sem problemas nas diversas possibilidades sonoras, inclusive dividindo seus vocais para a faixa robótica, eletrônica, autotunada, mas pura e real da britânica Charli XCX em sua mixtape POP 2. Seus antigos alter-egos solo também realizam oscilações semelhantes: como Ramona Lisa, ela deixou amostras de sino resolutamente góticas passarem sobre o suave pop vocal.
Em 2017, após a dissolução de Chairlift, ela lançou um álbum eletrônico ambiente completamente ausente dos vocais, sob as iniciais CEP. Com um repertório de trabalho extremamente camaleônico, desconcertante e voraz, fica mais que evidente que para cada coisa que ela é, outra nova paira logo em seguida. E com o lançamento de seu álbum debut como artista solo, Pang, essa premissa se mantém.
Em 2017, após a dissolução de Chairlift, ela lançou um álbum eletrônico ambiente completamente ausente dos vocais, sob as iniciais CEP. Com um repertório de trabalho extremamente camaleônico, desconcertante e voraz, fica mais que evidente que para cada coisa que ela é, outra nova paira logo em seguida. E com o lançamento de seu álbum debut como artista solo, Pang, essa premissa se mantém.
Os temas românticos predominam durante todas as canções do álbum produzido por Danny L Harle, um dos gigantes da PC Music, num conjunto que pode ser descrito como uma mistura agridoce de suavidade e nitidez. A grandiosidade do disco vem da exploração do amor como algo trágico, mas nem por isso menos interessante e animado, onde isso fica explícito logo de primeira em seu título: "pang" em tradução literal significa angústia, uma dor imensa e aflitante.
Em canções como "So Hot You'Re Hurting My Feelings" e "Ocean of Tears" temos espaço para todos os românticos, e também aqueles que estão procurando e encontrando o amor, se emocionarem com o sentimentalismo e leveza dos vocais etéreos de Polachek.
Em entrevista, a cantora contou para MTV que o álbum possui fio um narrativo próprio, que vai passear livremente pelo disco: "O primeiro lado do álbum é uma espécie de desmoronamento, narrativamente. É como uma imersão no auto-questionamento, dúvida, na ruína de estruturas, medo, confusão. E então a segunda metade do álbum é uma espécie de dar sentido a isso e redescobrir humor e redescobrir a confiança em minha própria vida."
Confira agora Pang, o primeiro álbum solo de Caroline Polachek:
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