Por: Tati Teixeira
A revelação Barns Courtney acaba de lançar seu segundo disco, 404, ele retorna dois anos depois de seu último e aclamado lançamento o The Attractions Of Youth.
Se Attractions Of Youth narrava a história de alguém que não queria crescer e que estava preso nas atrações da juventude, 404 , ótima escolha de nome (todo mundo já se deparou com o erro 404), tem uma narrativa pautada na mesma pessoa que agora está mais velho eu preso nas responsabilidades e dilemas de adulto, ainda com aquela sede e juventude. Com essa conexão, facilmente estabelecida ao ouvir os discos, é possível ter certeza que Barns sabe o que está fazendo e que sua idade caminha com a do personagem, o que é muito legal.
Algumas músicas do disco já eram conhecidas pelo público, 99 e You and I já possuem até vídeo clipe. Porém as outras 8 faixas do disco são completamente inéditas, a canção que abre 404 é Hallow, ótima escolha, ela é leve e cumpre perfeitamente o papel de ser uma abertura, ela é introdutória e prepara o ouvinte para chegar no single You and I, que tem uma pegada animada e chiclete, muito gostosa de ouvir. Ambas as primeiras faixas já mostram que Barns evoluiu ainda mais e tentou incluir elementos novos em suas músicas deixando elas ainda mais elaboradas.
com um
Depois de duas canções cheias de energia em sua batida temos , 99 , algo mais nostálgico, com uma sonoridade que é a identidade de Barns, com som um pouco mais folk, porém moderno e refrão bem elaborado. Na sequência temos a agitada London Girls, em um estilo rock indie cheio de personalidade essa é uma das faixas mais animadas e dançantes do álbum, ótima para tocar nas pistas de dança das baladas alternativas, a sonoridade com rifs de guitarra e coros ao fundo são a cereja do bolo.
A quinta faixa é Fun Never Ends, um rock que condiciona a gente a lembrar de melodias dos anos 90, mas que também tem pegadas mais modernas com sintetizadores e uma pitada de folk, tem uma vibe ótima para performances e interação com o público ao vivo. Casando muito bem com Fun Never Ends, Boy Like Me, com uma letra forte, segue a sonoridade parecida com a faixa anterior, que por sinal fazem muito jus a identidade que Barns construiu até aqui, os efeitos sutis da música cabem nos lugares certos e fazem a diferença na canção.
The Kids are Alright é a faixa mais lenta do disco, uma baladinha que explora tonalidades mais agudas da voz de Courtney. Um pouco mais sombria e cheia de personalidade, uma música bem forte do disco, vem Castaway, mostrando que Barns faz muito bem também o lado sonoro mais leve de guitarras e mais cheio seguindo os sons mais dark vem a faixa Babylon, também forte e com batidas que levam o ouvinte até seu conteúdo literário.
E para encerar vem a perfeita Cannoball, com uma letra forte, catártica e uma melodia que engole a gente em sua simplicidade e elaboração, uma das minhas preferidas do álbum, Barns encerra o disco de forma mais lenta, com falsetes inovadores e mostrando que tem muito a mostrar.
Um disco ótimo que coloca Barns no topo dos artistas emergentes da cena indie e que também vem dizer que o rock não morreu mesmo. Destaque para a voz de Barns que é marcante e impecável, se reinventando a cada estrofe e deixando quem ouve feliz e satisfeito.
Vem conferir:
0 Comentários