Pixies lançam ‘Beneath The Eyrie’, terceiro álbum de estúdio da banda desde o retorno em 2004

Pixies | Divulgação

REVIEW | ‘Beneath The Eyrie ‘da banda Pixies


E 3 décadas após o surgimento de uma das bandas que mais influenciou o movimento noventista na cena do rock alternativo, o que podemos esperar de seu novo álbum, em uma era tão distinta da qual eles faziam parte, e no auge de seu sucesso?

Não foi preciso que o grupo se reinventasse em conceito e sonoridade, essa palavra soaria como a idealização de um projeto dissemelhante ao que sempre foi apresentado por eles. A formula do Pixies é transmitir a sensação de imersão de suas musicas por meio de um tema abordado, e quase sempre são inexplorados.

Qual é o significado por trás do título do álbum? Em uma entrevista à Billboard, Frank Black disse o seguinte:

Eu acho que é uma referência ao ninho de uma águia que estava fora do estúdio. Eu acredito que estava no campanário da igreja. Eles converteram uma igreja antiga em um estúdio. Eu acredito que David, o baterista, sendo um observador da vida selvagem, percebeu isso. E o produtor, Tom Dalgety, sugeriu como título do álbum. Normalmente, escolhemos os títulos dos álbuns de uma letra ou de uma música. Desta vez, eu estava pensando que seria bom romper com essa tradição. Estava começando a parecer muito com uma regra, ou algo assim.

Os altos e baixos de ‘Beneath The Eyrie’

A atmosfera sobrenatural de Pixies é o que os torna tão atraentes. O sétimo álbum ‘Beneath The Eyrie’, além de letras que remetem a psicodelia, o ar sombrio é o que pode se dizer que é a representação deste trabalho. O disco está muito mais fantasioso como se tivesse sido criado na década de 80 do que algo visceral tirado dos anos 90. Os pontos altos chegam em ‘Catfish Kate’ que mistura grunge com folk e nos conta a história de uma mulher amarrada em uma luta até a morte com um peixe. ‘Ready for Love’ é uma simplória balada que junta a voz de Francis com os vocais suaves de Lenchantin. ‘Bird of Prey’ combina o folk em conjunto dos riffs de guitarra de Joye Santiago que se encaixam perfeitamente.

O álbum apesar de seguir uma linha tênue, passa a impressão de que há vários estados de espirito que te levam a sentir as texturas escondidas nele. 





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