Rilès | Foto retirada do perfil oficial do artista no Twitter
O que é necessário para fazer uma música boa hoje em dia? Instrumentos caros? Vastos conhecimentos musicais? Uma boa gravadora? O rapper, cantor, compositor, produtor, diretor, (ufa! A lista é imensa!), Rilès, parece desafiar tudo isso.
É que, desde muito cedo, o artista dá vida a suas canções usando a tecnologia e o talento como suas principais aliadas. Ele desafiou (e continua desafiando constantemente) a lógica antiga da "fórmula perfeita" para uma música de sucesso, quando, através de um mini-estúdio improvisado que montou em seu quarto, conseguiu arrastar uma multidão de mais de 36 milhões de pessoas para escutar seu single "Brothers" no YouTube.
Agora, com contrato pela Republic Records, o sucesso de Rilès só parece crescer mais ainda. Ele já tem quase meio milhão de seguidores no Instagram e sua popularidade rapidamente se espalha por vários cantos do planeta. Mas, vamos começar a história desse fenômeno pelo início: A França.
É que, desde muito cedo, o artista dá vida a suas canções usando a tecnologia e o talento como suas principais aliadas. Ele desafiou (e continua desafiando constantemente) a lógica antiga da "fórmula perfeita" para uma música de sucesso, quando, através de um mini-estúdio improvisado que montou em seu quarto, conseguiu arrastar uma multidão de mais de 36 milhões de pessoas para escutar seu single "Brothers" no YouTube.
Agora, com contrato pela Republic Records, o sucesso de Rilès só parece crescer mais ainda. Ele já tem quase meio milhão de seguidores no Instagram e sua popularidade rapidamente se espalha por vários cantos do planeta. Mas, vamos começar a história desse fenômeno pelo início: A França.
Rilès é francês, natural de Rouen, mas com raízes algerianas. Desde cedo, mais precisamente durante sua adolescência, ele já se dedicava à música. Na época, ele começava a desenvolver também o que se tornaria um hábito: compôr raps em seu quarto. O mais curioso dessa fase é a opção do rapper de escrever suas canções em inglês.
Ele conta em uma entrevista, que começou a compor em inglês porque era tímido e não queria que seus pais entendessem o que ele estava falando. Por isso, ele começou a experimentar no outro idioma, ainda que, segundo ele, os resultados iniciais não fossem muito satisfatórios.
Ele conta em uma entrevista, que começou a compor em inglês porque era tímido e não queria que seus pais entendessem o que ele estava falando. Por isso, ele começou a experimentar no outro idioma, ainda que, segundo ele, os resultados iniciais não fossem muito satisfatórios.
E então ele continuou sua trajetória, agora postando regularmente covers no YouTube mas ainda assim compondo suas próprias músicas, até que, em 2016, tudo mudou. Através do projeto "RilèsSundayz", o cantor começou a lançar uma nova faixa por semana, isso durante um ano.
Elas foram ganhando cada vez mais notoriedade e várias dessa época são as preferidas pelos fãs até hoje, como "Thank God", "In The Jungle", "Pesetas" e "Brothers", a qual mencionamos anteriormente.
Elas foram ganhando cada vez mais notoriedade e várias dessa época são as preferidas pelos fãs até hoje, como "Thank God", "In The Jungle", "Pesetas" e "Brothers", a qual mencionamos anteriormente.
Com músicas que misturam o hip-hop e o rap a outros estilos bem diferentes como a eletrônica e até mesmo a ritmos algerianos, Rilès é capaz de agradar todos os tipos de público, sempre com uma melodia interessante e uma rima honesta a oferecer.
Recentemente, o Indieoclock teve a oportunidade de entrevistar o francês multifacetado e conversar sobre sua carreira, planos de vir ao Brasil e muito mais. Confira:
Para saber mais sobre o Rilès, acesse seu site oficial e acompanhe todas as suas redes sociais.
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Pauta e Tradução: Andressa Gonçalves
Olá Rilès, como
vai você?
Rilès: Eu estou bem, obrigado. E você?
Bem também! Então, eu gostaria de começar esta entrevista pelo passado, quando
você percebeu que a música era o que você “queria fazer da vida”?
Rilès: Eu acho que não cheguei a decidir isso. Lancei algumas
músicas, fiz vários covers no Youtube, e então, comecei a produzir minhas próprias músicas, compôr também… Isso tudo aconteceu de uma forma gradual, sabe? Não acho
que cheguei a “escolher”, porque tudo ocorreu de forma muito
gradual.
Que bacana. Eu vi no vídeo de “Marijuana” que você fez parceria com
Snoop Dogg, e isso é incrível! Como foi a experiência? Ele sempre
foi uma de suas inspirações musicais?
Rilès: Sim sim, foi uma experiência ótima! O meu empresário mostrou a
música ao Snopp pela primeira vez e ele gostou muito! Então,
fomos pro estúdio para gravar com ele. E foi muito legal, ele gostou bastante da música e é um cara incrível.
Continuando no
assunto de inspirações musicais, conta pra gente outros artistas que influenciam a sua música?
Rilès: Eu acho que Kanye West, Kid Cudi, D’Angelo, J. Cole, James
Blake, Marvin Gaye. Gosto muito de Chance The Rapper e M.I.A. também. E claro, muitas músicas algerianas, porque meus pais são da
Algéria.
Gosto bastante também de músicas tradicionais da
capoeira, afinal pratiquei o esporte por 4 anos; adoro músicas que tenham pandeiro,
atabaque e berimbau.
Eu
tenho muitas influências, poderia passar uma eternidade falando
sobre elas... Uma mistura de coisas modernas mas também tradicionais, todo tipo
de música que você possa imaginar.
E sobre o seu
processo de composição? Nós sabemos que você canta, faz rap,
produz, o que costuma surgir primeiro pra você? Uma batida? Frases?
Rilès: Geralmente eu gosto de começar com uma batida, sabe? Ás vezes tenho uma melodia na cabeça e gravo no meu telefone, e aí monto uma
batida em cima dessa melodia. Mas, na maioria das vezes, [o processo de composição] ocorre comigo sozinho, a partir de uma batida, no meu quarto: Eu penso numa batida,
gosto dela e termino a música.
O que mais te
inspira a fazer música? A gravar, produzir, compôr?
Rilès: Eu acho que o sentimento de realização por finalizar uma batida,
sabe? Quando você completa uma pintura, ou termina um desenho, e tem uma sensação de “recompensa”? Então, eu acho que é essa sensação de ter terminado uma
boa música, ficar bem satisfeito com ela, e mal conseguir esperar para
compartilhá-la com as pessoas. Acho isso o mais empolgante
na música: terminar meu trabalho e gostar dele.
Você teve um
projeto em 2016 que consistia em lançar uma música nova por semana, chamado
“RilèsSundayz”. Como surgiu essa ideia?
Rilès: Então, eu não tinha nenhum tipo de publicidade nem ninguém falando
sobre a minha música. E, eu queria achar uma forma de ser mais
produtivo e ter mais visibilidade. Eu sabia
que a mídia não estava falando sobre a minha música.
Então eu pensei, “Sabe de uma coisa? Eu vou lançar uma música por semana,
no YouTube, por toda a internet, em um dia específico da semana, e
alguém vai me notar como “o cara que lança uma música por
semana”.
Então eu simplesmente fiz isso por um ano,
e o intervalo que tinha entre uma música e outra me davam tempo
de pensar na próxima, o que era perfeito pra mim.
Vi um vídeo que
você postou recentemente no Instagram, onde dizia algo sobre gravar um
clipe novo, já tem alguma coisa que você possa nos dizer sobre ele?
Rilès: Sim sim! Era o trecho do clipe de uma música nova. Ele deu
muito trabalho, nós o gravamos por 5 dias e preparamos algumas coisas
bem loucas nele. É um dos meus videos mais legais até agora,
mal posso esperar para compartilhar com vocês!
E nós mal
podemos esperar para ver o resultado de tudo isso!
Rilès: Obrigado!
Você imaginava
que sua música seria tão compartilhada? Pelo mundo inteiro?
Rilès: Na verdade, não. Eu estou sempre fazendo música sozinho, em meu
quarto, então é meio difícil imaginar que algo tão simples
possa chegar tão longe. Eu ainda faço as músicas no quarto, como costumava fazer. Músicas para mim mesmo, tentando sempre ser fiel
a mim mesmo nesse processo.
Você disse que praticou capoeira por muito tempo. Na capoeira, algumas músicas são em Português... Você chegou a aprender alguma palavra do idioma? Planeja vir ao Brasil?
Rilès: Bem, eu nunca aprendi o Português, nem o de Portugal, mas quem sabe
um dia? Este ano eu vou tentar levar minha turnê ao Brasil, porque é
um dos meus países favoritos! Acho que este ano ou no máximo o que
vem, irei ao Brasil, é uma das grandes nações que eu sempre quis
ir.
Ah, isso é muito legal! E falando sobre
a turnê que você está no momento, The Tiger Tour, eu vi fotos e
vídeos que mostram que você terminou a primeira parte dela em
Montreal, alguns dias atrás, e foi enorme! Você prefere tocar pra
plateias menores ou maiores?
Rilès: Eu acho que maiores. Tipo, maiores são legais porque você vê muitas
pessoas cantando e a sensação é insana. Já nas
menores, geralmente tem mais pessoas que realmente gostam do sue trabalho e ás
vezes os lugares surpreendem também! Tipo quando toquei em L.A. e Amsterdã, a plateia era pequena mas foram uns dos shows mais
loucos de todos, entende?
Quando a plateia é menor, o show parece mais louco. Mas quanto mais gente, maior o número de pessoas ficando loucas, sabe? Eu
gosto dos dois tipos. Das maiores porque as pessoas fazem mais
barulho, mas também das menores por causa da energia.
Agora eu gostaria que você tentasse descrever seu trabalho com uma
frase, para pessoas que possam estar conhecendo o seu trabalho
através do nosso site.
Rilès: Não sei se uma frase seria o suficiente, então aqui vão algumas: Ouçam minhas
músicas! Vocês podem encontrá-las em todos os lugares: YouTube,
Spotify, Deezer, toooodos os lugares! Compartilhem os links e se
preparem para músicas do c**alho!
Então escolha
3 ou 4 canções suas para as pessoas começarem essa busca!
Rilès: Claro! Eu recomendaria “Thank
God”, “Marijuana”, poxa... Tem tantas músicas! Posso escolher 4?
Sim!
Claro!
Rilès: Tá, então “Thank God”,
“Marijuana”, “Brothers” porque é minha música mais
conhecida, e “In The Jungle” ou “Away”.
Muito obrigado Rilès, eu me despeço por aqui. Obrigado pela sua
atenção e tempo. Nós do Brasil estamos ansiosos por um
show seu aqui, e para te ver na capoeira!
Rilès: Muito obrigado!
Para saber mais sobre o Rilès, acesse seu site oficial e acompanhe todas as suas redes sociais.
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Pauta e Tradução: Andressa Gonçalves
Entrevista: Lucas Henrique
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