Por: Laurel Brasil e Indieoclock
Conheça Laurel, a cantora britânica de 24 anos que já coleciona uma série de comparações de peso: alguns a chamam até de Lana Del Rey da Inglaterra, enquanto outros veem certa semelhança com Florence + The Machine.
A verdade, porém, é que Laurel conseguiu traçar um estilo musical único que vem rendendo a ela uma crescente popularidade desde 2013 até os dias atuais.
Laurel escreve músicas desde os 11 anos, sendo que com 14 ela já fazia sua primeira performance ao vivo sob o nome de Under The Laurels. Foi nesse período também que a cantora começou a postar suas músicas online, ganhando certo reconhecimento dos portais de internet americanos.
Na universidade, estudou Negócios, Performance Musical e Inglês. Aos finais de semana, trabalhava na Hollister para conseguir uma renda extra. No tempo que sobrava, ela continuava a postar suas músicas em plataformas como Bebo e Myspace, atraindo já uma quantidade considerável de fãs.
Ela se autodenomina uma control freak e não sem motivo: no início da carreira, ao assinar com a sua primeira gravadora em 2012, a Turn First Artists ela passou um período compondo com a ajuda de outros músicos, mas não se acostumou em dividir as responsabilidades e deu um tempo do estúdio, mais tarde lançando “Blue Blood”, inteiramente produzida por ela mesma. A gravadora não parecia muito satisfeita até a música atingir o 3º lugar na Hype Machine e ter 100.000 reproduções no Soundcloud.
Seu primeiro EP "To The Hills" foi lançado em 2014 pela sua própria gravadora, a Next Time Records. No final do mesmo ano, Laurel lançou o EP "Holy Water". Em março de 2016, "Life Worth Living" era lançada como primeiro single do seu álbum de estreia e em agosto, Laurel anunciou que havia assinado com a Counter Records, uma divisão da Ninja Tune Records e que ela estaria indo em sua primeira turnê headline pelo Reino Unido para promover seu EP "Park".
Atualmente Laurel continua compondo, gravando e produzindo suas próprias músicas, lançou em 24 de agosto de 2018 seu primeiro álbum, "Dogviolet". Sobre o título, ela explica que tirou de um livro onde viu escrito “Common Dogviolet” (Uma planta do gênero Viola que, diferente da Viola odorata, não possui flores perfumadas): “Eu achei [a flor] meio feia, mas era na verdade uma flor muito bonita. (...) O amor nas músicas [do álbum] é sempre a representação de um amor um tanto que tóxico. O amor deve ser realmente belo, e ele pode ser. Mas ele também pode ser realmente feio. E eu queria capturar este sentimento e o nome sem dúvida representa o tipo de amor sobre o qual eu falo nas músicas” disse a cantora para o site alemão Bedroomdisco.
A cantora diz também que todas as suas músicas foram inspiradas em experiências reais de sua vida, ressaltando temas como o término de um relacionamento ou uma paixão forte e descontrolada. As letras violentas e ao mesmo tempo amargas são sua marca registrada, como nos versos de Same Mistakes “Eu estou conseguindo a sua atenção com o oposto da afeição?” que casam muito bem com as melodias construídas em complexas camadas, predominando os instrumentos de corda, características do estilo Chamber pop.
A multi-instrumentista já abriu para bandas conhecidas como a Oh Wonder e suas músicas já participaram das trilhas sonoras de séries como Reign, The Vampire Diaries e Sharp Objects. Laurel também acaba de lançar seu primeiro livro de textos poéticas reflexivos escritos enquanto compunha Dogviolet, The Mutterings of a Laurel, descrito como: “A vida e os murmúrios de Laurel Arnell-Cullen que, mesmo que muito estridente em seus esforços, não parece conseguir sair das nuvens.”
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Essa é a faixa Same Mistakes
Essa é a Laurel na Sessão Mahogani cantando Life Worth Living
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