Por Larissa Catharine e Andressa Gonçalves
Nessa sexta-feira (18), o KONGOS lançou a primeira de três partes que completarão o quarto álbum de estúdio da banda, chamado 1929, mas apesar do nome, os irmãos mostram uma busca por renovação nas 10 faixas que abrem o projeto - mas conseguindo manter a personalidade musical que os fãs já conhecem. Ouça o álbum aqui.
O trabalho começa com Something New, uma música que realmente é algo novo na sonoridade do KONGOS: tem uma pegada mais pop, mais comercial dentro do som dos caras, e a letra fala sobre essa busca pelo equilíbrio entre a inovação e a veracidade da nova criação;
O início de I Am Not Me lembra Ex's and Oh's da Elle King.
É uma verdadeira sinfonia com a mistura de vários estilos e a utilização de sintetizadores, percussão, acordeão, e o que parece ser um solo de guitarra próximo ao fim, que é o ponto máximo da música. A letra fala sobre não conseguir se libertar para ser quem você é. É como sena letra o locutor não pudesse ser livre, mas compensa isso através da música, já que a melodia explora vários ritmos e instrumentos diferentes dando essa ideia de liberdade. Há esse contraste: opressão na letra, liberdade na música.
A nostálgica Stand Up a princípio poderia ser uma música dos discos anteriores deles, com elementos já conhecidos da banda, como solo de acordeon, mas ainda assim há uma experimentação nos vocais.
O primeiro single desse álbum será Pay For The Weekend, faixa enérgica que fala sobre os excessos cometidos em festas com vocais eletrizantes. A música tem potencial para ser a sucessora do maior hit deles, Come With Me Now, do álbum Lunatic.
As faixas Wild Hearts e Real Life são um momento de descanso após a explosão de energia em Pay For The Weekend, com produção minimalista, letras reflexivas e a voz como instrumento mais evidenciado. Apesar de sonoramente tão diferentes da quarta faixa, parece adequado que essas músicas estejam nessa sequência, como um complemento da reflexão iniciada na festa. Sabe quando você começa a refletir sobre a vida depois do porre? É esse o sentimento. São duas músicas tranquilas e cativantes, que parecem terminar abruptamente, rápido demais, nos obrigando a repetir a dose.
Keep Your Head começa a recuperar o ritmo característico do KONGOS, criticando os costumes da sociedade moderna que se isola em seus fones de ouvido. A faixa é seguida pela nostálgica e poderosa Everything Must Go - que já desponta como uma das favoritas dos fãs.
Os instrumentos de corda são bem presentes e ditam o ritmo em When You're Here, a melodia forte com a voz única e suave do vocalista e seu acompanhamento vocal mostram-se como uma receita infalível. A progressão da canção é bem interessante, a priori bem tranquila, acompanhando a letra da canção e começa dizendo 'acalme-se', conforme a voz do vocalista vai aumentando e também o conteúdo da letra vai mudando, a música vai progredindo em um ritmo diferente, um pouco mais agitado.
A letra e a melodia estão extremamente conectadas aqui. Quando o cantor canta por exemplo que "uma onda está crescendo" a melodia fica mais forte e rápida, e quando ele utiliza palavras como calma, a melodia o acompanha ficando mais lenta. A letra parece continuar com a ideia de liberdade, de que "não importa o que você faça, apenas faça, de acordo com a sua vontade e esteja preparado para qualquer coisa que vier. Só o que importa quando você está aqui, no mundo, é viver."
O álbum se encerra com 4543, que até uma canção saída da série Stranger Things, pois seu início me remete a uma viagem transcendental no tempo. Em certas partes, esperamos uma progressão que nunca vem. Kongos pretende com isso aumentar a tensão da música ao máximo, para que o ouvinte fique durante toda a música ansiando um pico que acaba nunca vindo. É uma jogada interessante que mantém a atenção total do ouvinte focada na canção. Mais uma vez temos forte presença de sintetizadores e bateria elétrica, que conferem à canção um som mais experimental.
A primeira parte de 1929 é surpreendente, e cada vez que você escuta, o álbum te surpreende de uma maneira diferente. Esse ano é promissor para a banda!
Os instrumentos de corda são bem presentes e ditam o ritmo em When You're Here, a melodia forte com a voz única e suave do vocalista e seu acompanhamento vocal mostram-se como uma receita infalível. A progressão da canção é bem interessante, a priori bem tranquila, acompanhando a letra da canção e começa dizendo 'acalme-se', conforme a voz do vocalista vai aumentando e também o conteúdo da letra vai mudando, a música vai progredindo em um ritmo diferente, um pouco mais agitado.
A letra e a melodia estão extremamente conectadas aqui. Quando o cantor canta por exemplo que "uma onda está crescendo" a melodia fica mais forte e rápida, e quando ele utiliza palavras como calma, a melodia o acompanha ficando mais lenta. A letra parece continuar com a ideia de liberdade, de que "não importa o que você faça, apenas faça, de acordo com a sua vontade e esteja preparado para qualquer coisa que vier. Só o que importa quando você está aqui, no mundo, é viver."
O álbum se encerra com 4543, que até uma canção saída da série Stranger Things, pois seu início me remete a uma viagem transcendental no tempo. Em certas partes, esperamos uma progressão que nunca vem. Kongos pretende com isso aumentar a tensão da música ao máximo, para que o ouvinte fique durante toda a música ansiando um pico que acaba nunca vindo. É uma jogada interessante que mantém a atenção total do ouvinte focada na canção. Mais uma vez temos forte presença de sintetizadores e bateria elétrica, que conferem à canção um som mais experimental.
A primeira parte de 1929 é surpreendente, e cada vez que você escuta, o álbum te surpreende de uma maneira diferente. Esse ano é promissor para a banda!
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