"Evolve é como se fosse 'para onde eu estou indo?', você entre as cores no meio da escuridão, e Origins é o lugar para onde você está indo", explica o vocalista Dan Reynolds.Esse novo disco é bem diverso em seus estilos, e apesar de flertar bastante com uma sonoridade eletrônica/pop em algumas faixas, como Cool Out, ainda traz no resultado final uma mistura de tudo que a banda fez nos trabalhos anteriores e que deu muito certo, como o single Natural resume bem na abertura do álbum.
Algumas músicas revelam uma sonoridade mais limpa, com menos sintetizadores, como é o caso de West Coast, mas a canção não soa perdida na tracklist: Apesar de suceder Bad Liar, uma música forte, a música cai como um respiro pertinente na percussão marcada das antecessoras e que a banda sabe fazer música de diferentes formas e ainda manter a qualidade. A música que encerra o disco, Real Life, também é nessa vibe.
Origins conta também com Zero, que está na trilha sonora da animação Ralph Breaks the Internet e é está localizada numa seção mais pop do trabalho, seguida por Bullet in a Gun, que é a faceta mais remixada da banda - uma música muito boa, mas que com certeza causará estranheza aos fãs, assim como Digital, que parece um pouco confusa entre a percussão característica do Imagine Dragons e uma melodia genérica.
As músicas parecem perder um pouco de força a partir da décima faixa, Only, sem pontos altos até Love, mas ainda assim apresenta boas faixas que talvez sejam melhor apreciadas individualmente. De fato, as músicas com maior potencial e identificação com o público já foram divulgadas antes do lançamento do álbum. Quase ao final do trabalho, Birds retoma um pouco da energia anterior, com uma sonoridade mais comercial.
Talvez num primeiro momento esse álbum não irá soar tão familiar como Evolve para os fãs da banda, mas sem dúvidas Origins é um ótimo disco que prova a capacidade do Imagine Dragons de se reinventar em diversos estilos quase impecavelmente.
Nota: 8/10
Por Larissa Catharine Oliveira e Tatiane Teixeira
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