O The Strokes não toca no Brasil desde 2011, e quando foi anunciado no Line Up do Lollapalooza a geração strokes ficou muito ansiosa, foram 5 meses de muita espera por esse dia, e finalmente chegou.
Estava lotado, absurdamente cheio, público record de Domingo de todos os Lollapaloozas no Brasil. 90 mil pessoas, pelo menos 60 mil assistindo Strokes. A banda atrasou 10 minutos para entrar no palco, o que foi só mais um chorinho de ansiedade para quem já estava esperando o retorno deles ao Brasil há 6 anos. Entram com Modern Age, que levantou todo mundo imediatamente, era gente pulando, gente sorrindo, gente não acreditando no que via, outros chorando, alguns pasmos, e todos batendo palmas, apesar de todo o cansaço físico no fim do festival.
Logo na sequência Fabrizio o Baterista nascido no Brasil mandou um: " Eaí galera" o público fez um coro com o nome do artista, Julian Casablancas demonstrou carinhosamente com o jeito embriagado dele um leve ciúmes ao decorrer do show dizendo:" Digam Julian, Nick... Nikolai ". O jeito despojado e bêbado de Casablancas divertiu boa parte do público.
O sonho de ver Strokes realizado e estampado na cara da geração Julian Casablancas (Foto: Marcelo Brandt/G1) |
Um problema, notado pela banda, foi o palco Perry (eletrônica onde estava Martin Garrix) havia um vazamento de som, que incomodava o Strokes, em determinados momentos para corrigir esse defeito aumentavam o som do palco Skol (onde estava tocando a banda de Julian Casablancas) e aí ficava ainda pior, pois o som ficava estourado e destoava da boa qualidade de som, um grave problema que comprometeu o áudio de algumas canções durante a apresentação do grupo, infelizmente. Com seu jeitinho irônico Julian esboçou por diversas vezes durante a performance uma espécie de incomodo com o vazamento do som.
Julian Casablancas (Foto: Marcelo Brandt/G1) |
A banda subiu com o setlist que os fãs queriam, tocaram poucas das músicas atuais da banda ( considerando atual as que vieram de 2011 para cá), o álbum de 2001, Is this It, muito bem recebido pelos fãs brasileiros, foi o que teve mais músicas tocada. Eles tocaram as canções que sabiam que ia agradar o público. Ainda sobre o setlist, apesar de todo o esforço para construir um set que satisfizesse o público, faltaram algumas canções muito esperadas como You Only Live Once. Com o jeitão Julian Casablancas, e um clima bem casual, haviam muitas pausas entre uma música e outra, o que deixou o setlist curto, apenas 17 músicas, mas isso não foi um problema, os fãs também gostam de ver Julian brincando e falando. Ele não se esforça para ser um astro e soa muito espontâneo e verdeiro quando fala.
No começo o público estava muito empolgado, mas talvez pela exaustão física que o festival gere, com o decorrer do show, do meio para até quase o final, os fãs ficaram um pouco mornos, parecendo desanimados, o que foi comprovado que não estavam quando Strokes encerrou com Hard To Explain. Era bonito de ver as mãos pra cima, acompanhando as músicas, batendo palmas, os fãs foram um show a parte.
A geração Strokes amou o show, mesmo com os pequenos defeitos, mesmo a banda estando fora de ritmo de turnê, mesmo com as pausas grandes entre as músicas, de uma maneira geral foi a melhor escolha para encerrar o festival esse ano, o Lollapalooza precisa dessa pegada que é a cara do evento, de bandas que marcam gerações, de bandas fortes para que o festival continue crescendo. E vale lembrar que Julian Casablancas cantou muito bem, e tudo correu da forma correta durante a performance. Esse ano vem álbum novo da banda, e que esse novo disco seja um convite para que eles voltem para o Brasil em breve, pois pudemos ver nas redes sociais que os fãs já acordaram
com saudades.
Set list:
1. The modern age
2. Soma
3. Drag Queen
4. Someday
5. 12 : 51
6. Reptilia
7. Is This It
8. Threat of Joy
9. Automatic Stop
10. Trying Your Luck
11. New York City Cops
12. Electricityscape
13. Alone, Together
14. Last Nite
15. Heart In a Cage
16. 80's Comedown Machine
17. Hard to Explain
Veja o show completo abaixo:
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